A planta Guiné (Petiveria alliaceae L.) possui uma variedade de propriedades terapêuticas, incluindo ação diurética, antirreumática, depurativa, anti-inflamatória, analgésica, antimicrobiana, abortiva, hipoglicemiante e anti-espasmódica. Por conta dessas características, é frequentemente indicada para o tratamento de condições como dor de cabeça, reumatismo, dor de dente, dor de garganta, falta de memória e infecções causadas por microrganismos. |
Além disso, a Guiné atua no sistema nervoso, podendo ser utilizada no tratamento de transtornos como depressão, ansiedade e epilepsia. Há também evidências de que essa planta pode estimular habilidades cognitivas.
No entanto, é crucial ressaltar que, apesar de seus benefícios, a Guiné é considerada tóxica. Por essa razão, seu uso para fins terapêuticos deve sempre ser orientado por um médico ou fitoterapeuta, com a recomendação comum de utilizar as folhas da planta.
A forma mais comum de consumo da Guiné é por meio do chá, que é preparado ao colocar as folhas em água fervente e deixá-las em infusão por cerca de 10 minutos. Após isso, deve-se coar e beber conforme a orientação do fitoterapeuta. Além do chá, também é possível realizar inalações com a planta, o que pode ajudar a aliviar sintomas de ansiedade e nervosismo. É importante lembrar que o uso deve sempre ser feito sob orientação médica.
Devido à sua ação sobre o sistema nervoso, o uso prolongado ou em altas doses da Guiné pode levar a efeitos adversos, como insônia, alucinações, apatia e até mesmo complicações graves no sistema nervoso central, incluindo risco de morte. Além disso, a planta possui propriedades abortivas, sendo seu consumo altamente desaconselhado para mulheres grávidas.
Originária das Américas, a Guiné é uma erva sublenhosa que se estende do Piauí ao Rio Grande do Sul no Brasil. Caracteriza-se por ramos eretos, folhas elípticas e lisas, pequenas flores brancas com um odor característico de alho. Essa planta cresce espontaneamente em potreiros, jardins, clareiras e áreas ruderais, e é conhecida por diversos nomes populares, como Guiné Pipi, Amansa Senhor, e Erva Guiné, entre outros.
Em termos científicos, a Guiné é classificada como Petiveria alliaceae L., com várias sinonímias, incluindo Mapa graveolens Well. e Petiveria foetida Salisb.
Historicamente, a Guiné foi utilizada como um estimulante em casos de paralisia e como sudorífera e alexífera. Contudo, é importante notar que, em altas doses, a planta pode ser abortiva e, segundo algumas tradições, seu uso contínuo pode levar a distúrbios mentais. O envenenamento por Guiné é um processo lento e, em casos agudos, pode causar superexcitação, insônia e quase alucinações. Com o passar do tempo, os sintomas podem se inverter, levando à indiferença, fraqueza cerebral, convulsões e, em casos extremos, à morte. |
Portanto, é fundamental que a Guiné seja utilizada de forma responsável, sempre sob a supervisão de profissionais de saúde, para garantir sua eficácia e segurança no tratamento.
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