Certamente, você tem grandes expectativas para 2024, muitas delas relacionadas ao seu sucesso no trabalho, como subir na carreira, conseguir uma promoção ou até mesmo se tornar um empreendedor bem-sucedido para alcançar a independência financeira. Além disso, há outros sonhos que envolvem conquistas pessoais, como realizar viagens internacionais, adquirir uma casa ou comprar um carro.
No entanto, a pergunta inevitável é: será que conquistar todos esses objetivos te fará realmente mais feliz em 2024?
Viver num mundo obcecado pelo consumismo e sucesso material fez com que a ideia de que dinheiro traz felicidade se tornasse quase uma lei cultural. No entanto, diversos pesquisadores ao redor do mundo se dedicaram a compreender a relação entre riqueza e felicidade, desafiando a concepção tradicional de que o sucesso financeiro é o único caminho para a realização pessoal.
Entre os estudiosos do tema, James Gustave Speth desafiou, em sua pesquisa “The Bridge at the Edge of the World”, a crença convencional de que o crescimento econômico, medido pelo PIB, é o único indicador de uma sociedade próspera. Sua análise revelou que, embora países como EUA, Reino Unido e Alemanha tenham experimentado um aumento constante no PIB desde os anos 60, a felicidade de seus cidadãos não acompanhou esse crescimento. Speth corroborou a ideia de que ter muito dinheiro não garante, por si só, uma vida mais feliz.
É claro que a ausência de dinheiro e a carência de recursos básicos estão associadas à infelicidade, uma vez que essas condições limitam o acesso a necessidades essenciais. No entanto, abundância financeira certamente não é sinônimo de felicidade. Isso porque a riqueza material não preenche as dimensões mais profundas e significativas da vida.
Aspectos como a qualidade dos relacionamentos e o senso de pertencimento, por exemplo, são elementos cruciais para uma avaliação mais completa e holística.
Mas então, o que traz felicidade?
A busca pela verdadeira prosperidade, segundo Speth, envolve uma mudança de paradigma e parece residir em um equilíbrio entre atender às necessidades básicas humanas e encontrar significado em experiências e relações.
Quando conectamos as ideias de Speth às pesquisas de Mihaly Csikszentmihalyi, entendemos que o engajamento no trabalho é uma chave para atingir a realização pessoal. Csikszentmihalyi propõe a “Hierarquia das Necessidades de Maslow aplicada ao Engajamento dos Colaboradores”, destacando que estar envolvido em suas atividades é se colocar constantemente em novos desafios e buscar aprendizado constante. Esse é o caminho para a e felicidade, o que ele chamou de estado de “FLOW” ou fluidez.
Por que o estado de “FLOW” é importante?
Porque se temos um aumento de habilidades, mas sem um aumento de desafios, sentiremos tédio e depois relaxamento.
O aumento de desafios, sem o aumento de habilidades, nos traz preocupações e em seguida, ansiedade.
Agora, se progredirmos simultaneamente em relação ao aumento dos desafios e das habilidades, alcançaremos o equilíbrio, ou seja, o “Estado de FLOW”.
É como estar no fluxo de um rio e se esforçar para não tocar as suas margens. Essa é a dinâmica que devemos buscar entre novos desafios e novas habilidades. Para permanecer em seu canal de fluxo, você deve ter estresse suficiente para permanecer engajado, mas não o suficiente para deixá-lo ansioso.
Assim, ao construirmos um 2024 próspero e feliz, devemos não apenas repensar nossas prioridades econômicas, mas também reconhecer a importância do engajamento no trabalho. Soma-se a esses elementos, o senso de propósito, missão e serviço ao próximo e encontraremos fatores comuns a pessoas que se consideram muito felizes.
O que fazer para ser próspero e feliz em 2024?
Viva por algo maior do que apenas o aqui e agora, sinta-se e incomodado com os problemas ao seu redor e busque uma forma de resolvê-los e esteja disposto a fazer a diferença na vida das pessoas. Pergunte-se: Sinto que sou uma parte vital em meu trabalho? Eu me sinto importante? Eu tenho orgulho em trabalhar aqui? O que posso fazer pelos outros? Como posso inspirar os outros a serem melhores? O que posso fazer para ajudar a minha equipe e empresa a crescer?
Não se trata apenas de ganhar dinheiro, mas de alinhar nossas atividades profissionais com nossos interesses e paixões, contribuindo para uma sociedade onde a felicidade não é apenas resultado de sucesso financeiro, mas sim uma expressão autêntica de nossa contribuição significativa.
Pai de santo muito experiente responsável pelo editorial do portal
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